terça-feira, 29 de abril de 2008

A conversa de verão que esvaziou minha estante


Uma vez fui com minhas irmãs para um hotel na praia. Que praia era, não importa. E o hotel importa menos ainda. O que importa aqui são as pessoas que a gente conheceu lá. Na verdade o que importa mesmo é o que uma das pessoas falou para a gente lá. O contexto era esse: praia, verão, carnaval, amigos novos, conversas de bar, etc. Havia muitos casais entre esses novos amigos, e o que nos falaram veio justamente do único rapaz sem um par. Era estranho isso: ele não ter ninguém. Era um cara bonito, engraçadíssimo, divertido, boa companhia e tudo mais... Um daqueles dias estávamos eu e minhas irmãs conversando com ele sobre relacionamentos, e a dificuldade de encontrar alguém entre 6 bilhões de possibilidades que existem por aí. Eis que ele nos falou porque estava sozinho:


-Na minha vida sempre existiram várias mulheres. Eu sempre
gostei de colecioná-las. Se vocês me conhecessem há uns anos atrás eu
provavelmente estaria acompanhado de alguma delas. Isso mudou com o tempo. Não sei se foi a maturidade, os caminhos que segui, ou o quê, mas alguma coisa mudou em mim. Eu sempre guardava as meninas interessantes que ficava por que eu
pensava: "Eu poderia amar essa garota", mesmo que eu não estivesse gostando
dela, eu pensava: "Ela é atraente, interessante, engraçada... Eu poderia de fato
amá-la". Então eu a guardava na estante das meninas que eu poderia amar. O fato
é que eu nunca amaria aquela garota. Nenhuma delas. Eu as deixaria na estante
por anos e anos até encontrar a garota de verdade. E aquelas coitadas ficariam
ali, esperando o dia que eu me entregasse de verdade. Aquele dia nunca viria e a
garota teria perdido um belo tempo comigo, que nunca iria amá-la. Não sei quando
exatamente parei de colecionar garotas, mas agora ando só. Eu viajo muito e por
isso sempre conheço gente nova. Deixo portas abertas para um dia encontrar
alguém que me deixe sem respiração. Nunca mais eu penso em quem eu poderia amar, penso apenas se amo ou não. Se eu passo um belo tempo com uma pessoa, e não sinto que a vida seria um pouco mais sem graça sem ela, eu logo a deixo seguir
sua vida. Pode ser que eu seja um pouco frio ou insensível, mas é justamente o
contrário, eu estou poupando que ela perca mais tempo com a pessoa errada e
assim encontre quem vá amá-la como eu nunca iria.


Esse cara mudou minha vida. Nunca mais falamos com ele, nunca mais o vimos e nem sabemos como ele está, mas por causa dele, eu nunca mais pensei: “Poderia amar tal pessoa”. Não tenho estantes de possibilidades que nunca se tornariam opção. Ando só, mas tenho a certeza que também não estou na estante de ninguém.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Reflexos de um fim-de-semana incomum (ou de como eu fugi do tema pincipal do blog)

O grande número de pessoas nas ruas de São Paulo durante o fim-de-semana assustou quem está acostumado a ver a cidade de outro aspecto, daquele aspecto normal, sem interação, se contato, mecânico...


O número de pessoas na realidade não foi o que mais assustou, mas sim a forma como essas pessoas interagiam entre si e com a cidade a sua volta.

O post de hoje pode não ser sobre os assuntos que passam na cabeça de uma mulher com TPM, mas é sobre o que passou na minha cabeça por pelo menos 12 horas, durante essa Virada Cultural.


O que eu vi durante o tempo que fiquei na Virada foi talvez o seu objetivo real: a união de pessoas diversas a fim de curtir um pouco a vida e desencanar dos problemas.

Vi pessoas que dão a impressão de ter saído do armário: todos pareciam diferentes, longe daqueles uniformes diários e das roupas comportadas.

Eram pessoas sem medo de mostrar estilo, opção sexual ou tribo. Ao contrário...


Todos queriam ser vistos. E preferencialmente da forma como gostariam de ser vistos sempre...(ou não)
Eu estava na posição que gostaria de estar sempre: uma espectadora das relações sociais e dos eventos da cidade.

Seria difícil agir dessa maneira sempre, principalmente porque o mundo não é receptivo o tempo todo.


Hoje, longe dos palcos de ontem, longe dos grupos sentados no chão, nas praças, nas árvores, eu voltei a ver como a cidade é quando não estamos ligados por um objetivo comum.


São Paulo voltou a feder, voltou a ser ofensiva, voltou a ter as ruas tomadas por carros e não por pessoas como no mar de gente que eu vi ontem no show do Zé Ramalho. Um mar de gente cantando, pulando, suando (eca!!)...

Esse foi um fim-de-semana que me fez sentir de diversas maneiras, até mesmo estranha por ser hetero ou por não fumar maconha.

Estranha também por ter optado em ser apenas jornalista, dessas que analisa as pessoas a distância, com um "Q" de sociólogo.


Gostaria de ter pensado mais no universo TPM, mas isso só me veio a cabeça em dois momentos: em uma apresentação de balé contemporâneo, com bailarinas com ar de anjo que aos meus olhos flutuavam e não tinham ossos no corpo (e seria mentira dizer que não senti uma inveja "saudável" dessas criaturas fisicamente perfeitas); e no show do Ultraje à Rigor, com aquela multidão cantando "Ah, se eu fosse homem...", que me lembrou as muitas vezes que eu gritei esse refrão em um devaneio de crise pré, ou pós, menstrual.


Enfim, gostaria de lembrar da cidade dessa forma, mais sei que cedo ou tarde (infelizmente mais cedo do que tarde) eu vou voltar a me irritar com aquelas pessoas que pensam ter vindo no mundo à passeio.

Essa gente lerda, que gosta de andar devagar e observar a cidade e a vida alheia...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Direito de resposta

Fomos acusados de sermos uns porcos animais, porém, apenas traidores por causa de uma cultura machista.

“Claro que o homem trai bem mais, e isso se deve à nossa cultura machista, onde o homem, na sua virilidade, precisa testar a sua masculinidade”.

Bem, isso é uma maldade. Coitadinha da sociedade! Ficam acusando-a de machista. Daqui a pouco vão acusá-la de ser membro da Ku Klux Klan!?

Quando é que vocês mulheres irão entender que homem não infiel por causa de uma sociedade machista – se o fosse, seria culpa de vocês mulheres mesmo -, mas por causa de sua genética.

Dentro do cromossomo Y há um gene chamado especificus homo sacanas sapiens (específico do sábio homem sacana). E esse gene deve ser respeitado. =P

O homem traí por que está na genética dele! Não dá, o cérebro do homem tem um detector de rabo de saia que, quando acionado, é inevitável, ele apronta.

Não é maldade. Não é que não gostemos de vocês. Na verdade, nós amamos vocês, o problema é que amamos tanto que não conseguimos amar apenas uma de vocês. Então, temos que distribuir esse amor.

Então, já vemos que Marina acertou quanto a ser uma questão de amor. Afinal, traímos por que amamos demais.

E veja, se a sociedade é machista, a culpa é das mulheres. Afinal, as mulheres são mães. E as mães educam os filhos. E mães machistas criam filhos machistas.

Afinal, o moleque cresce ouvindo a mãe falar que fulana de tal de minissaia é vagaba. E ele adora uma vagaba. Mas quando chama a vagaba de vagaba, é porque sua mãe dizia que ela era vagaba. E tudo isso por causa de uma inocente minis(micro)saia.

Daí, você diz, e o pai, que incentiva o filho a “pegar geral”, não é machista? Claro que não é! Só por que ele quer ensinar o filhão a aproveitar a vida da melhor forma!? Vocês são muito maldosas!

O Hugo que está certo! Vocês deveriam estar sob o regime igualzinho das sauditas. Vejam só que mal vocês causam para o feminismo, que devia ser coisa de vocês! =P


Vocês traíram o movimento feminista, velho!
Dado Dolabella sobre Mulheres do UTPM

Isso sim é traição!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Viver, amar e trair





Traição hoje em dia, infelizmente, é a coisa mais comum de acontecer, tanto por parte dos homens, quanto das mulheres. Mas porque, ó céus, esse ato virou algo tão comum nos relacionamentos???

Há uma série de explicações biológicas para justificar a infidelidade, que vão desde a genética da pessoa até mesmo do seu comportamento social, como desejo de aventura ou outras necessidades relacionadas com a personalidade (ou seja, caras aventureiros, FORA!).

O que nos leva a cometer uma traição? Medo de ser traído? Falta de perspectiva na relação? Auto-afirmação? Tédio sem remédio?
Há milhares de motivos possíveis, milhares de desculpinhas esfarrapadas, mas a realidade é só uma, o homem não nasceu para ser monogâmico, e isso é fato provado cientificamente, na natureza traição é regra. Até mesmo os cisnes são infiéis (quem imaginaria hein!!!).
E quando eu digo homens eu me refiro à espécie humana em geral. Pois é, nós mulheres também temos nossa parcela de culpa, e não é pouca não! São 47% de mulheres traidoras para 60% de homens infiéis.
Claro que o homem trai bem mais, e isso se deve à nossa cultura machista, onde o homem, na sua virilidade, precisa testar a sua masculinidade.

Mas e quando se é traído? Quem aceita melhor a situação?
As mulheres, claro!!!! Também devido à sociedade machista, em que a mulher, sendo o pilar da relação, é que deve suportar tudo e tolerar. Sim, os tempos mudaram, mas nós não mudamos tanto assim! Já conheci mulheres e homens traídos, e posso afirmar que as mulheres aceitam muito mais facilmente que os homens. Fato!

Nós ainda temos que evoluir muito para o ser humano entender que, trair ou não, independe do sexo. Depende apenas do caráter e do amor que se tem.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

um desabafo....

No dia 22 de abril....ontem nós comemoramos o descobrimento do Brasil, certo? Não! errado, já sabemos que esta é uma farsa histórica, mas me pergunto, o que não é farsa neste país? Sabe aquele país alegre do carnaval, das praias bonitas, do "melhor" futebol do mundo, isto só existe na televisão e em tempo cronometrado...

Indignação? sim, com certeza: no feriado de Tiradentes (21 de abril), enquanto eu retornava de um compromisso, feliz por tê-lo cumprido com êxito, animada com as perspectivas para o futuro, caminhando debaixo da garoa fina e gélida da Paulista, tropecei em algo que à primeira vista me parecia um bicho, lixo ou entulho. Mas...o lixo...era uma criança que dormia na sarjeta. Ela não acordou, não se queixou, nem se mecheu...mecheu sim comigo, mecheu com o meu mundinho hipócrita de futura jornalista, que pensa em ecrever, publicar, mudar o mundo....fiquei ali, sem ação por alguns minutos olhando aquela criança e pensando o que fazer?

Levá-la para casa? dar-lhe comida, cama...mas e a mulher que a acompanhava? Continuei pensando...devo escrever para o Kassab, para os vereadores, para o Serra, para o Lula, para a mãe do PAC...para Deus?! reclamar para quem?? de quem?

O que será desta criança, quais são seus sonhos? E quanto à mãe, aquela jovem....quais são seus planos, o que a fez chegar àquela noite? o que pensa da vida, o que espera dela? Impotência e indignação, aquela garotinha com seus dois anos, de sono incrívelmente tranquilo em meio à paulicéia, que carrega consigo a falta de amor e compromisso de seus contemporâneos, muito me ensinou....ensinou que a vida nada vale, mas que é preciso viver... é preciso sobreviver e tentar modificar esta realidade dura e cruel.

Depois daquela cena (jamais me esquecerei daquele rosto) com a face molhada de garoa e lágrimas...caminhei até o ponto, e enquanto aguardava o meu transporte, me deparei com uma frase: "Jornalismo não existe para mudar as sociedades, seja o setor delas que for; jornalismo serve para despertar interesses chamar a atenção, tocar consciências", Sérgio de Souza.

Quero chamar atenção, quero que ouçam, que leiam... ei... precisamos acabar com isso, há sonhos se perdendo, vidas se acabando, que apliquem o capítulo 5° da nossa Constituição, vamos aplicá-lo, vamos cobrar sua aplicação:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Será que é utopia tocar consciências?.....aquela menina pobre, negra, abandonada pelo poder público, por mim e por você tocou a minha.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Os dois lados do beijo

Para o homem, um beijo é um beijo. Uma troca de salivas prolongada ou não. Acompanhado de um abraço talvez, acompanhado de carinho talvez, mas não deixa de ser um beijo.

Para a mulher, um beijo é uma promessa. Um beijo expressa o que nenhuma palavra do dicionário consegue expressar. O beijo é uma música, uma poesia, uma dança. O beijo é um sussuro que um lábio que fazer para o outro, um sussuro que normalmente quer dizer coisas lindas.
Durante o beijo o homem lembra do trabalho, pensa no jogo de ontem, lembra do almoço e do churrasco que vai rolar semana que vem.
Durante o beijo, a mulher sente o cheiro da pele do homem, sente o cabelo dele, pensa se o carinho que esta fazendo em sua nuca está agradando, sente borboletas sobrevoando dentro do estômago, pensa em músicas lindas, sente gosto de doce de leite, de sorvete, de pavê.
O beijo da mulher entrega sua alma. Através do seu beijo, é possível perceber a intensidade do sentimento que a mulher guarda no peito pela pessoa beijada. O beijo da mulher é como uma tecla SAP de seus sentimentos.
O beijo do homem é sempre intenso, porque na maioria das vezes tem a intenção de ser continuado e transformado em "algo mais". O beijo do homem engana. Porque não é medidor de sentimento nenhum. Enquanto podemos achar que o beijo está intenso porque é um beijo apaixonado, o homem que beija pode estar pensando na sua prima loira.
Beijo é beijo. É o que acontece quando se encerram as palavras. É uma coisa linda. É romântico, é lindo... Pode ser que eu seja antiquada e romântica demais, mas é como enxergo esse ato. (E definitivamente não sou a única!) Para os dois lados do beijo, independente dos pensamentos ou sentimentos, é gostoso... Mesmo que o homem esteja pensando em sua prima.
Uma coisa que eu aprendi quando eu tinha uns 13, 14 anos, que serve para tanto homens quanto mulheres, foi traduzida numa frase de alguém (talvez seja minha mesmo...): "É preciso conhecer quem está por trás do beijo, para entender o quê está por trás do beijo." E, na realidade, este post é uma provocação, porque o sexo de uma pessoa não diz absolutamente nada sobre o seu beijo... Quem pode dizer qualquer coisa sobre o beijo é você e o quanto você conhece aquela pessoa.
Beijos!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sobre meninos e cães (seguindo a tendência canina)

Meus amores, o que falarei hoje entrará como punhal em vossos corações. É uma triste realidade da vida – mais uma, mas vocês agüentam. Espero.

Direi hoje porque o cachorro é o companheiro ideal para o homem.

A palavra fidelidade combina tanto com a palavra homem quanto a palavra mulher combina com a palavra baliza, já dizia o poeta.

Baseava-se essa afirmação na premissa de que o homem definitivamente não nasceu para relações longas. Tanto, que o melhor amigo do homem é o cachorro. Porque é companheiro? Não, por que dá doze anos e aquela merda morre.

Agora, você mulher, quando se pergunta por que diabos não consegue ser mais intima de seu namorado do que o cachorro dele, eu tenho uma(s) explicação(ões) muito simples.

* Cachorros adoram quando o dono traz os amigos em casa

* Cachorros não se importam se você usar o shampoo dele

* Cachorros nem notam se você o chamar por outro nome

* Cachorros não fazem compras

* Cachorros adoram quando você deixa um monte de coisas no chão

* Cachorros têm o mesmo humor todos os dias do mês

* Cachorros nunca querem saber sobre o seu passado

* Os pais do cachorro nunca vêm lhe visitar

* Cachorros nunca o criticam

* Cachorros não se incomodam com o futebol

* Cachorros não assistem novelas

* Cachorros não são guiados por artigos de revistas, nem pelas "amigas"...

* Você não precisa esperar o cachorro se arrumar

* Cachorros adoram quando você está bêbado

* Cachorros não se importam se você não toma banho

* Cachorros não reclamam se você chega tarde em casa

* Cachorros não usam cartão de crédito

* Cachorros nunca abandonam seu dono

* Cachorros não têm dores de cabeça na hora do "vamos ver"

* Cachorros vivem, no máximo, 20 anos

* Cachorros não são presos a coisas materiais, como roupas

* Cachorros não ligam de você sair com seus amigos

* Cachorros não têm ciúmes daquela sua amiga gostosa

* Cachorros sacodem o rabo para você sem a menor cerimônia

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Felicidade é ter o que fazer



Inspirada pelo poema de Arnaldo Antunes, parei pra pensar em algo que muitos de nós acabamos nos esquecendo devido a correria do dia-a-dia, parei pra pensar nas coisas que me fazem feliz.

Felicidade é o maior objetivo da maioria das pessoas, mas é incrível como nunca estamos 100% satisfeitos com o que temos, há sempre uma sensação de que nos falta algo.

Se a falta é de dinheiro, a gente escuta: “Quando eu tiver dinheiro vou ser feliz”, se a falta é de amor: “Eu ainda não encontrei o homem da minha vida, por isso não sou feliz”. Sempre falta alguma coisa, emprego, sossego ou até mesmo cabelo.

Mas será que felicidade é isso tudo que pensamos que ela seja? Cada um tem um conceito de felicidade, há quem diga que é um conjunto de bons momentos, há quem diga que é um conjunto de cifrões, e há quem diga, como eu já ouvi de uma amiga, que é saber dar valor às pequenas coisas da vida.

Eu fico feliz quando me escrevem cartas, ou quando me ligam no meu aniversário, quando eu chego em casa e meu cachorro faz uma festa absurda (às vezes até me machuca, mas já me acostumei), quando vou bem em uma prova, quando faço meus pais rirem, quando reprisa um filme que eu amo de paixão, um feriado prolongado, minha família toda reunida ou até mesmo ver alguém que eu gosto feliz.

Pra mim felicidade é isso, valorizar esses pequenos momentos e as pessoas ao seu redor. Pense nisso, o que faz você feliz?

“Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.”
Mario Quintana

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O que vc pensa sobre o aborto?

Uma em cada quatro mulheres latino-americanas já praticaram aborto, no Brasil esta prática é ilegal, com exceção nos casos onde a mulher corre risco de morte ou ainda, em casos de estupro. Fora destes casos, abortar no Brasil é crime e pode levar à pena de um à três anos de reclusão, conforme o art. 124° do código penal. No Brasil cinco milhões de abortos acontecem por ano e destes, apenas 5% são permitidos por lei.

O aborto é uma atividade presente na história da humanidade, entre 2737 e 2696 a.C., o Imperador chinês Shen Nung descrevia o uso de mercúrio para indução do aborto; na Grécia – Aristóteles, Platão, Sócrates e Hipócrates, justificavam o aborto como um meio de limitar o crescimento da população; sendo obrigatório em mulheres acima de 40 anos e facultativo àquelas mulheres que desejassem o aborto.

Na Roma Antiga, o aborto era uma prática comum, até o surgimento de Jesus Cristo, que imprimiu novos valores para a sociedade, sendo a vida o maior deles.
No século XIX, a proibição do aborto expandiu-se com toda força, por razões econômicas, porque o aborto nas classes populares podia representar uma diminuição na oferta de mão-de-obra, fundamental para garantir a continuidade da revolução industrial. Essa política anti-aborto continuou forte na primeira metade do século XX, na maioria dos países europeus, por causa das baixas sofridas na Primeira Guerra Mundial.

Após a Segunda Guerra Mundial, as leis continuaram bastante restritivas até a década de 60, quando, em muitos países, as mulheres passaram a se organizar em grupos feministas e lutar pelo direito de decidir em continuar ou não uma gravidez.

A gravidez indesejada pode ser resultante de uma série de fatores: falta de orientação sexual, de conhecimento de seu próprio corpo, de maturidade relacional e ainda de responsabilidade com a vida do outro. É de praxe culparmos o governo pelas faltas já elencadas, contudo, a fata de responsabiliodade com a vida não pode ser dirigida ao governo.

Nós mulheres conquistamos o direito a voto, à liberdade na escolha de nossa profissão e de nossos companheiros, deixamos para trás, o ranso de objeto nas relações sociais, para nos tornarmos sujeitos de nossa próprias vidas.

A mulher pós-moderna: a profissional, cientista, dona de casa, mãe, estudante e amante, deseja sentir prazer e por isso passou a desvincular a relação sexual da reprodução humana, junto à esta liberdade de escolha em pról do prazer, a mulher carrega consigo o milagre de gerar a vida, por isso cabe a ela, tomar ciência de sua responsabiidade de trazer para o mundo, pessoas bacanas que modifiquem nossa realidade.


Sou à favor da vida sempre...e gostaria de ouvir das demais mulheres, e homens, por que não? o que pensam em relação ao aborto nas diversas circunstâncias....Obviamente a decisão da mulher será tomda à luz de contextos financeiros, sociais e religiosos...que bom...libere sua complexidade e reflita conosco sobre este tema, que é tãopresente em nosso dia-a-dia.

Beijos
Karla

terça-feira, 15 de abril de 2008

Feminismo Puro

Todo mundo (ou quase) tem a mania (injusta) de dizer que mulher tem mais frescura do que homem. Dizem que mulher é mais fraca, mais fofoqueira, mais traidora, mais escandalosa e mil outras futilidades. Pode ser. Não vou comparar os dois sexos, afinal eu sou mulher e iria defender meu lado. Eu vou, porém, falar sobre nossas vantagens do ponto de vista feminino.

1-Sobre as nossas primeiras vezes: o primeiro beijo, a primeira menstruação, o primeiro soutien, o primeiro namorado, o primeiro dia de aula, enfim, todas as nossas primeiras vezes. Pode ter certeza que aproveitamos muito mais. Sim, porque a gente as guarda para o resto da vida. Até hoje me lembro da sensação no meu primeiro beijo. Lembro da roupa que eu estava usando, das minhas mãos tremendo, da carinha dele de assustado, dos mínimos detalhes. As mulheres são assim, elas lembram dos detalhes, guardam esses momentos para sempre. Perguntei para o meu primo Gabriel sobre seu primeiro beijo: "Eu tinha uns 11, 12 anos. Ela chamava Luciana. Ou era Luiza? Enfim, eu beijei ela e foi esquisito." Ok, agora faça a mesma pergunta a uma mulher, elas revivem toda a cena só para responder.
2-Sobre a sensibilidade. Não é que a gente chora mais, é que a gente sente mais. Somos mesmo mais sensíveis (e não fracas). Enquanto o homem se estufa de orgulho, nós choramos. E chorar faz bem. Depois que choramos, ficamos aliviadas, como se um pedacinho da dor tivesse saído do coração. Ao invés de guardar a dor para si, o que vai se acumulando e se transformando em uma bola-de-neve, nós explodimos, choramos, corremos atrás de ajuda. O que também explica quando nos chamam de escandalosas. É porque nós sabemos sofrer (e buscar ajuda). Guardar sofrimento ou dor nos transforma em pessoas frias.

3-Sobre nossos talentos. Sem querer comparar mais já comparando, quais são os famosos dons dos homens brasileiros? Jogar futebol, ser hacker, consertar o fogão, dirigir bem (rápido) e jogar cartas. Qual é a grande vantagem desses dons? Enquanto isso, nós mulheres somos famosas por dons, cá entre nós, bem mais úteis. Cozinhamos como ninguém, tiramos qualquer mancha de roupa, sabemos ouvir, amadurecemos mais rápido, seduzimos facilmente, sabemos costurar, estamos sempre cheirosas, temos melhor humor, temos um dia internacional... Um infinito de talentos e vantagens!
Sim, claro. Não vou negar que ser homem tem lá suas vantagens (poder fazer xixi em qualquer lugar sem se sujar, poder gritar palavrão sem ser mal visto, etc.) Mas quem nunca ouviu aquela frase: "Por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher." ? Bem, ela não foi criada à toa.

domingo, 13 de abril de 2008

Do céu ao inferno em sessenta segundos



Os sentimentos são algo estranho e quando não são os nossos se tornam piores ainda

As pessoas têm a capacidade de mudar de humor com extrema facilidade (link legal, em inglês), e as mulheres têm essa capacidade com, digamos, muito mais facilidades. Mas esse não é o ponto principal...

O problema é que as pessoas a nossa volta mudam de humor e esquecem de nos avisar, ou quando avisam, já é muito tarde, pois elas provavelmente estão avisando isso de uma forma não muito delicada.

Às vezes acho que a teoria de que o amor é o sentimento mais próximo do ódio não é falsa. Para simplificar meus pensamentos, fiz alguns cálculos:

Durante essa semana eu corro o risco de mudar de humor ao menos sete vezes, considerando apenas uma mudança por dia. Todas as pessoas menos estáveis, sentimentalmente falando, também correm esse risco. Portanto isso se multiplica em pelo menos dez.

Como meus nulos conhecimentos de matemática não me permitem uma equação mais lógica, acredito que vou ser afetada por mudanças de humor alheais a mim ao menos setenta vezes.
Ou seja, uma mudança de humor a cada 2 horas e quarenta minutos durante sete dias na semana. (Precisei de uma calculadora para fazer essa conta).

Que os deuses protejam as pessoas a minha volta, pois provavelmente o dia se transformará em um inferno cheio de nuvens negras e com raios e trovões e quando isso acontecer, a situação vai virar uma bolha... Grande e gorda!

Parar, respirar e pensar

A dica é velha, mas ajuda um bocado... Pena que nem sempre nos lembraremos disso.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sobre meninos e lobos

Hoje, serei bonzinho com vocês, mulheres. Abrirei para todas vocês uma das lições mais preciosas que são nos ensinadas na escola, mas só para os machos.

Essa história é a primeira alegoria envolvendo cães e homens. Ela ilustra bem como é que nós homens "trabalhamos" para conquistar vocês.

E o conselho de hoje, minhas pequenas loiras oxigenadas, é:

Sabe aquele cara que chega em você na balada, aquele bem idiota, feio, estranho, meio nerd, ou com cara de pilantra, sem-vergonha, que não presta? É com esse maldito que você tem que ficar.

Sabe aquele cara legal, bonitinho que você está louca para ter um caso, levar para casa e não devolver? Essa rapaz é, na verdade, o maior sacana de sua turma na escola dos sacanas. Ele vai é fazer o que quiser com você e pegar todas. Pense comigo, se você quer, beibe, você não é a única.

Comprovaram que é melhor pegar um lobo jovem, mas que vocês adestrem que pegar um lobo já formado na escola de sacanagem. Tudo bem, o cara será um bitolado sem capacidade intelectual, mas veja pelo lado bom, ele dará uma excelente peso para papel!

________________________________________________________

Era um dia como outro qualquer, num vale como tantos outros vales, onde havia um belo rebanho de belas e suculentas ovelhas repletas de sedosa lã.

Dois famintos lobos vagavam pelos morros que cercavam aquele vale, um velho, pêlos já mais acinzentados pelo tempo e outro jovem, cabeçudo e impetuoso.

Então, com seus olhos ainda púberes, logo avistou ovelhas, e adiantou a primeira pata, já disparava dizendo, Veja lá, quantas gostosas ovelhas! Vamos logo lá pra baixo, vamos abocanhar uma para nós!

Mas antes que o ‘esperto’ jovem lobo corresse como uma gazela e desse bandeira, o mais experiente o segurou pelo cangote.

- Mas o que foi, o que há? O.o

- Calma, rapaz!

- Cê é bobo? Olha quantas ovelhas lá em baixo! Vamos correr e pegar uma!

- Não.

- Como não? Eu tô na febre pra comer um ovelha e você me vem com esse não!?

- É. Não.

- Como não?

- É não, acabou. A gente vai descer andando, devagar, sem fazer alarde, furtivamente e comer todas.

- Malandroooooo!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mulheres e suas complicações

Toda mulher acha um exagero quando um homem lhe diz que “as mulheres são complicadas”. Mas, cheguei a conclusão de que nós somos mesmo muito complicadas, na verdade, nem eu mesma me entendo.

Porque toda mulher reclama dos homens?(e quando eu digo “toda” estou tomando por base aquelas com as quais eu convivo, inclusive eu).

E, se reclamam, porque continuam indo atrás daqueles que elas já sabem que não valem nada? Mesmo depois de ele já ter sido o maior cachorro com você, fazendo coisas do tipo: beijar outra menina na festa que ele te convidou, voltar com a ex e não te dar nenhuma satisfação ou até mesmo esquecer do seu aniversário. Porque nós mulheres perdemos tanto do nosso tempo com caras assim?

Ou então, quando um cara legal aparece, porque nós achamos, depois de um tempo, que ele se torna legal DEMAIS? Ou ele liga demais, é fofo demais, manda emails demais, flores demais. Ele é tão, tão demais que nós preferimos ficar no aniversário de 85 anos da avó do que sair com ele.

Qual é o meio termo pra nós? Um cara que além de alto, forte, bonito, sensual seja também inteligente, carinhoso, bem humorado, entenda nossa tpm, nossos problemas existenciais, não olhe o decote das mulheres na balada, tenha olhos verdes e a cara do Brad Pitt?
Seria bom mesmo. Mas será que nós estaríamos satisfeitas com ele mesmo assim? Será que depois de um tempo ele também não se tornaria legal demais, certinho demais ou amaria você demais?

Pois é, mulheres, nós somos mesmo complicadas, assumam. A gente chora quando ele não liga, mas se ele liga nós achamos que perdeu a graça, pois ficou muito fácil. Haja paciência!

Qual a solução? Não sei, afinal, eu também sou mulher e, pra mim, os homens criam problemas demais.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O tempo e a falta dele

Tempo...
levo um segundo para falar essa palavra e dois para escrevê-la...
e lá se foram mais três segundos do meu dia.

Tudo bem, "perder" três segundos é exagero, mas meia hora esperando um ônibus não é, e muito menos uma hora ouvindo um telemarketing justificando os problemas da minha operadora de celular (espero que ele releve todos os meus xingamentos).

Pode ser meio clichê, mas nós, seres humanos da atualidade, não temos o menor tempo para fazer nada e mesmo assim passamos o nosso fim-de-semana dormindo ou então assistindo TV.

Então espera, se eu não tivesse tempo de verdade, eu não ficaria assistindo aquela porcaria dominical que todas as nossas queridas emissoras despejam ao vento.
E menos ainda ficaria esperando um ônibus... Eu poderia ir andando!
Andando e organizando o pensamento.
Andando e refletindo.
Andando e emagracendo (por que não?).

... Enquanto escrevo o meu tempo disponível para usar o computador vai indo embora e eu nem decidi ainda os emails mais importantes para serem lidos, e nem olhei meu orkut (poxa, todo mundo precisa de uma distração não é?).

A questão é que administramos mal o nosso tempo. Nem todo mundo... Mas eu sou um ótimo exemplo de desorganização... Eu e todos os que fazem faculdade, estágio, inglês, espanhol, iniciação científica, aula de música, programas culturais, escrevem em blogs...
Ufa!! Quanta coisa para ser mal administrada...

E eu estou falando só do tempo "cultural" (e revivendo as aulas de Teorias da Comunicação). Se eu me desse ao trabalho de tentar justificar a má administração do tempo biológico eu gastaria muitas palavras... Mais do que essas.

Vinte minutos escrevendo... E são 21h55. Minhas malas não foram desfeitas e nem estudei para as provas, não vi a novela (porque continuo precisando de distração...) e pior, eu nem jantei!
E lá se vai meu relógio biológico...

Talvez pudessemos administrar melhor o tempo se o horário comercial fosse estendido.

Imagine os bancos abertos até as dez da noite, os computadores da faculdade disponíveis até a meia noite e todos os lugares funcionando 24h para eu resolver o que quisesse quando quisesse!!!

Pensamentos megalomanícos a parte... Ainda acho que o tempo comercial gerencia nosso dia, mais do que o tempo biológico.

Logo, em questão de segundos serei explusa do computador porque a sala onde ele está será fechada, já que a faculdade está encerrando expediente.

Talvez um computador em casa resolvesse muitas dessas minhas questões, mas isso é outra história...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A equação milagrosa

Nós homens passamos a vida inteira tentando compreender vocês, mulheres. Não conseguimos. Mas não conseguíamos até agora.

Conversando com amigos, uma fonte muito segura me confidenciou que historiadores gregos acharam uma equação do nosso fdp-mor que ferrou geral na sétima série, o tio Pitágoras.

Além do triângulo bem doido, esse barbudinho grego que não usava tanga e tampouco gritava “THIS IS SPARTA” criou uma equação fenomenal que só pode ser compreendida hoje, nos tempos modernos.

Essa equação foi a forma que o matemático grego encontrou de compreender as mulheres.

Segundo Pitágoras, Mulher = Tempo x Dinheiro. Se Pitágoras diz isso, quem sou eu para questionar!?

Como bons ocidentais, sabemos que tempo é dinheiro. Sob esta premissa difundida por outro barbudinho, o Tio Sam, afirmamos categoriacamente que Tempo x Dinheiro = Dinheiro².

Mas, como bons brasileiros, sabemos que dinheiro é a raiz dos problemas. Porque, se você não tem, é um problema, mas se você tem é outro problema. Então, como Dinheiro = Problema¹/² .

Substituindo os itens, Mulher = Dinheiro², logo, Mulher = (problema¹/²)².

Eu nunca fui bom em matemática, mas essa parte de cortar as potências eu sei fazer. Concluímos então, que Mulher = Problema.

Cara, isso mudou a minha vida. =P

A dieta nossa de cada dia

Estou pensando em começar uma dieta. Mas não hoje, já que hoje é quinta-feira, e quinta-feira é dia de pensar no que fazer na sexta, e no sábado, e talvez sofrer um pouco por domingo estar relativamente próximo.

Mas, voltando ao assunto da dieta (eufemismo para período dos infernos), eu sei que não estou gorda, mas estou me SENTINDO gorda, e quando isso acontece não adianta ninguém falar que eu não preciso, ninguém mesmo, muito menos a minha mãe (que nunca fala que estou gorda, por mais redonda que eu esteja, ela nunca vai falar).

O problema é que eu não sei fazer dieta, nunca consegui passar dos dois primeiros dias, e olha que eu já tentei várias, dieta da sopa, dos números, dos algarismos romanos, da lua, do eclipse, do chá verde, até mesmo a do “fecha logo a boca de uma vez”.
Mas não adianta, pra mim dieta é muito triste, não dá pra sair pra comer com os amigos, imagina o ridículo, todo mundo pedindo e você saca da bolsa sua sopa diet instantânea “Dream Week” vira pro garçom e pede “uma água quente por favor”. Também não pode sair com os amigos pra beber, além de que você fica mal-humorada e ninguém mais te suporta, ou seja, você se torna um excluído da sociedade!

É aí que está a grande neura feminina, muitas vezes nós nos sacrificamos, choramos, entramos em drepressão, pensamos em suicídio, em virar homem, e tudo por causa de um ou dois kilos a mais (mesmo que sejam só imaginários). Eu ainda estou pra entender o que nos leva a olhar para o espelho num dia e achar que estamos lindas, e no dia seguinte olhar e achar que somos o monstro de Loch Ness.

E, pensando melhor, acho que não vou mais começar dieta coisa nenhuma! Pelo menos não até segunda....ou então até me olhar no espelho de novo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

De saltos no poder.... e no viver

Chegou a minha vez de liberar a TMP neste universo, neste fantástico mundo das mulheres....vou trazer à lembrança de todas nós, algumas das mulheres que para mim foram fantásticas, por sua atuações, artísticas ou políticas, por suas vitórias e erros que muito ensinaram.....elas que para mim e para a história da humanidade são/foram de fato fantásticas. Vamos começar pela música...quem nunca ouviu “Ne Me Quitte Pas” na voz de Edith Piaf , uma voz que toca no coração e arranca de nosso âmago qualquer ângustia e melancolia…o que dizer ainda da voz de Elis Regina, nossa brasileiríssima…voz doce e forte que encantou gerações e gerações….triste coincidência, ambas morreram intoxicadas por drogas, por loucuras, por música…..


A vida é embalada por canção….saudemos então, aquelas que defendem a vida, e em especial Zilda Arns Neumann, que desde de 1984 é fundadora da Pastoral da Criança, cuida e difundi o carinho às crianças em todo o Brasil. Em 2002 além de seus muitos prêmios foi eleita Heroína da Saúde Pública das Américas pela Organização Pan Americana de Saúde.... na ausência do Estado, a sociedade assume sua missão e D. Zilda há anos, junto de seus milhares de voluntários vêm salvando vidas......

E por falar em Estado e em direitos... agora lhes apresento algumas das mulheres que enfrentam os homens de terno, não só em Brasília, mas em todo o mundo.... Manuela D´Ávila aos 25 anos é chamada pelos corredores de Brasília de “musa” da Câmara, deputada federal mais votada nas últimas eleições, com 271,9 mil votos, Manuela cansou de reclamar do estado crítico que se encontrava o Brasil e passou a lutar por ele na prática....é meninas, esta gaúcha foi corajosa...mas as lista de representantes eleitas tanto no Senado quanto na Câmara, ainda estão bem desiguais, vejam só: há 468 deputados e 45 deputadas...vamos mudar isso !!

Vocês já ouviram falar em Ellen Gracie, esta carioca é Presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça desde 2006, e ficará no cargo até o próximo dia 23. A Ministra vem enfrentanto a burocratização da justiça brasileira, abordando temas bastantes relevantes para a sociedade como o caso das células tronco....e mulher poderosa.

Mas enfim, mulheres poderosas não faltam por este mundo e lhes apresento algumas (cá entre nós, com bastante imparcialidade): na Argentina, Cristina Kirchner, no Chile Michele Bachelet, na Alemanha Angela Merkel, no Paraguai e nos EUA, duas mulheres disputam a eleição para a presidência, Blanca Ovelar e Hillary Clinton, e o que dizer da Rainha Elisabeth, que reina em pleno século XXI. Há aquelas ainda, que se utilizam além da inteligência e persipcácia, de outras maneiras para conquistar; além deste profissionalismo, as mulheres conquistam por seus olhares e decisões imprevisíveis, por suas palavras (ou várias palavras) e por seus gestos, pelo andar, pelo cruzar de pernas (alguém se lembra do “uniforme” de uma das mulheres mais poderosas do mundo – Condolezza Rice? Ou ainda de Sharon Stone nos cinemas?), elas conquistam pelo simples fato de serem mulher!

Na política, nos esportes, na literatura, no cinema, nas artes, enfim em todas as áreas, a mulher vem tomando seu lugar de direito e vai se livrando de um ranço cultural impregnado na cultura mundial, e em especial no Brasil.

Mulheres, mulheres...”é preciso ter força, é preciso ter graça é preciso ter gana sempre...quem traz no corpo esta marca, Maria, Maria mistura a dor e alegria”

Muitas são as Marias deste mundão que trabalham, estudam, alimentam seus filhos e maridos, mas Oxalá todas as mulheres pudessem ter a alegria de se sentirem realizadas, pudessem sentir o gozo da vida, escolher seus parceiros e não se submetessem a trabalhos e circunstâncias que tirem sua dignidade, sua alegria de viver.

Hoje fico por aqui, beijos
Karla





terça-feira, 1 de abril de 2008

A Crueldade da Natureza

De repente, você se lembra que esqueceu a torta de frango no fogão. Sai correndo para ver se ainda é tempo de salvá-la, mas quando abre a porta do dito-cujo: tarde demais, a torta queimou. Você tira a torta queimada do fogão (maldito!) e... cai aos prantos! Epa, cai aos prantos? Isso mesmo! E começa a se lembrar que ontem a Ana Lucia nem perguntou sobre o seu brinco novo, e se lembra que o cara do banco não deu a piscadinha de sempre, e também que seu frasco de perfume está no fim. Quando vai ver, é tanto choro que já não cabe mais no buraquinho dos olhos por onde saem as lágrimas. "Ok" -você pensa "melhor ir logo comprar absorventes."

Passamos aproximadamente 28 dias tranquilos, pacatos e serenos. Eis que chega então a visita da menstruação, que quase sempre vem acompanhada da famosa Tensão Pré-Menstrual. É choro que não acaba mais, depressão, fome, cólica, dor muscular, raiva, inchaço... são milhares de motivos para nos sentirmos feias e tristes.

Não se sabe ao certo os motivos exatos da TPM, mas a idéia mais bem aceita entre médicos e especialistas é que ela seja causada pela modificação que certos hormônios ligados ao ciclo menstrual causam em substâncias no cérebro responsáveis pelo humor das pessoas, como a serotonina e a endorfina. (Haja serotonina e endorfina para tanto mau-humor!)

N
os dias mais difíceis da TPM, aqueles em que dá vontade de andar armada, alguns truques para driblar a irritação podem ser: -Se entupir de chocolate sem culpa e com vontade! (O chocolate estimula a produção de serotonina, substância responsável pela sensação de prazer e bem-estar.)
-Fazer bastante exercício (o exercício físico causa uma fadiga saudável, aliviando a tensão muscular)
-Ligar para aquela amiga palhaça que a faça rir do mundo. (Todo mundo tem uma amiga palhaça!)
-Bolsas de água quente + chazinhos de camomila + comprimido + repouso = a combinação perfeita.
O mais importante é não se deixar abalar pela tensão pré-menstrual, buscando seja lá qual for o modo que te deixe em paz.

Para Refletir
Estava eu discutindo com um amigo quanto à existência das cólicas no período menstrual. Ele, sendo homem, não as compreende e chegou a uma conclusão séria a respeito: "-Não seriam as cólicas, um erro da natureza? Elas não deveriam ocorrer, ou então, não deveriam doer. Porque é um fenômeno natural e mensal a menstruação e assim, não deveria ser dolorido para a mulher." Achei a colocação maravilhosa. Não deveria, de fato. Mas, pensando bem... a natureza é sempre sábia. Deve haver algum motivo para aquela dor. Então respondi: "-Talvez seja um lembrete da natureza, em forma de punição, por não estarmos nos reproduzindo." "A natureza é sábia e cruel." Ele respondeu.