quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dia da roupa errada

Volta e meia eu descubro que sai de casa com a roupa errada. Ora a camiseta não combina com o sapato, ora coloco roupa de calor no dia frio ou vice versa. Na maioria das vezes, é a roupa que não combina com meu corpo. Me sinto um pedaço de carne vestido por alguém que desconhece gosto pessoal ou regras mínimas de estilo. O problema é que eu já cresci e me visto sozinha tem tempos. Então o que fazer quando a roupa mais simplória passeando num corpo alheio parece ser bem melhor que a minha?
O dia acaba, o humor acaba e qualquer um que me olhe terei certeza que está se perguntando “onde picas essa pessoa pensa que vai vestida assim?”.
Não há remédio. Não há ordenação perfeita do guarda-roupas que resolva. É o dia errado. A lua errada. A declaração do namorado dizendo “ah amor, você está linda todo dia” só vem a piorar. Se estou linda sempre, vou comprar uma coleção de peças repetidas para nunca mais correr o risco de errar. Ou vou parar de me preocupar. Como se fosse possível...
O fato é que não tem cristo que solucione essa angústia. Só indo para casa. Banho, pijama (esse sempre brega e sempre confortável) e TV. Se perto do namorado, melhor, porque daí ele convence o ego de que a beleza não está na roupa e que até de pijama terrível estou linda.
Ah, se não fosse o amor nesses tempos em que é necessário economizar o cartão de crédito...

sábado, 16 de agosto de 2008

Algumas mulheres são assim...

Você me deu flores, mas eu queria bombons também. Você não me mandou uma mensagem no começo do dia, mas me mandou no final, linda mensagem. Só que eu queria duas. Você me abraçou, disse que tinha encontrado o amor da sua vida, mas não me disse que me amava. Você veio me buscar, mas eu queria que você chegasse mais cedo. Eu quero sempre mais do que você me dá, mesmo se você me der tudo. Será que o problema está no que me falta em você ou em você?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Suas incompreensíveis, insensíveis e doidas.

Vocês são loucas. Completamente piradas. Eu desisti de entender.

Em uma hora são o maior doce do mundo. Segundos depois, somos uns monstros que fizemos a maior atrocidade do mundo que nem percebemos!

A coisa mais "engraçada" em vocês - engraçada de uma forma bem irônica, já que quem acaba rodando na brincadeira é a gente, machos da espécie ser humano do caral** (eu já mencionei aqui que odeio seres humanos?) - é que vocês ficam revoltadas com qualquer coisa e querem que a gente advinhe a neura de vocês!

"Você não fez nada!?"

"Você nunca faz nada, você é um santo"

Porra, meo, eu tenho Alzheimer! Respeite o meu direito de não saber/lembrar o que quer que seja! Todo homem deveria reinvindicar esse direito!

Então, se eu não lembro, eu não fiz!

Então, se a maionese no seu sanduiche a irrita, beibe, se a tampa da privada não está abaixada, não se estresse, você ainda pode ser feliz. É só fazer a droga do seu sanduiche e abaixar a droga da tampa.

Agora não enche o saco que tá na hora do futebol. =P

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Insatisfeita por natureza

Não gosto do meu cabelo.
Nem do meu corpo.
Nem das minhas unhas.

Não gosto das minhas roupas.
Nem do meu peito e nem da bunda.

Acho tudo muito chato, muito abaixo do nível esperado.
Sempre espero mais.

A roupa de outra pessoa é sempre mais legal que a minha
e nada no guarda-roupa fica bom, mesmo que seja recém comprado.

Não gosto de nada que compro.

Uso salto alto, mas acho que não combina com o meu estilo.
Não sei passar maquiagem, mas se fico um tempo sem passar me sinto feia.

Minhas bijouterias são inúlteis, porque nunca uso nenhuma.
E as bolsas não combinam com os sapatos.

De uma hora pra outra mudo de idéia...
Não gosto mais do namorado, do emprego, da casa.
Não gosto nem de praia nem do campo e menos ainda da cidade.
Detesto calor, mas não me sinto bem no inverno.

Depois de quatro dias estranhos mudarei de opinião e tudo vai ser lindo!

Após 28 dias entrarei em pânico e o mundo vai ser gordo, feio e cheio de espinhas.

Será que só eu sou assim?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Em nova fase (será?)

Após receber uma nota considerável por este blog, acreditamos que ele deve continuar.
Sim, existia a remota idéia de abandoná-lo apóso fim do semestre, mas no fim das contas isso acabou não passando pela cabeça de ninguém.

Essa semana estamos em prova (imagine só : TPM+prova !! Isso até daria uma equação aos modos do Paulo), portanto acho que nem todo mundo vai postar, mas não por falta de assunto (espero)!!

Acredito que continuaremos com o mesmo esquema de postagem, mas se alguma mudança acontecer, vocês, nossos queridos leitores serão avisados.

Well, well...

Hoje eu estava pensando sobre os conteúdos destinados as mulheres e sobre a origem deste blog.

Inicialmente pensamos que falar do universo feminino seria normal, mas com o tempo acabei percebendo que cada uma das pessoas desse blog tem um jeito de escrever e beeem diferente das outras, sem contar o Paulo, que está aqui para aporrinhar nossa vida (sem maldades...)

Eu nunca quis que isso se parecesse com um blog de "menininha", e isso eu posso dizer que ele não foi. Falamos de maquiagem, dieta, etc, mas de uma forma diferente. Mostramos o que a gente não gosta e não apenas um reflexo do que é feito por ai.

Sei que acaberemos todas adorando as revistas femininas, aquelas que ensinam como se vestir bem, como emagrecer 23 quilos em dois dias e como conquistar aquele cara perfeito sendo você mesma e blábláblá, mas por enquanto eu tento fazer alguma coisa mais, como poderia dizer, "autoral"....

Espero que o futuro desse blog não seja fazer a cobertura de uma inauguração de loja, tipo Victor Hugo ou sei lá o que. Espero que possamos continuar a desabafar semanalmente, mostrando que por trás de todo esse rímel e de todo esse blush existe um ser que sabe pensar!!

Boa semana e até segunda...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Madame Butterfly


Último dia de trabalho, saudade, tristeza e ansiedade se misturaram naquela terça-feira; para encerrar esta fase, me permiti um contato mais próximo com a arte, e que arte! Fui assistir a Orquestra Sinfônica da USP na Sala São Paulo; mas como toda paulistana, pra chegar até o "Olimpo", com a ajuda dos colegas nas rádios, que cobrem o trânsito, enfrentei o tráfego, as buzinas e a pressa alheia.
Nada disso tirava de mim a vontade de terminar bem aquele dia, que parecia ser o primeiro de "um novo tempo"...ao descer do carro no estacionamento me deparei com a lua, digna de um beijo, de uma foto, de um olhar admirado....passei pelo segurança às pressas, entreguei meus ingressos e aguardei o toque que sinalizasse o término do primeiro ato, para que eu pudesse entrar e assistir o espetáculo. Especialmente montado em homenagem aos 100 anos da imigração japonesa, o concerto contou a história de um amor proibido, a história de uma gueixa - Cio-Cio-San, conhecida como Madame Buttefly, que se apaixona por um tenente da marinha americana em Nagasaki.
Belíssima a apresentação de todos os solistas, mas admirou-me especialmente Cláudia Riccitelli - interpréte de Madame Butterfly- uma voz doce que se misturava aos violinos, flautas, clarinetes e percussão. Sua voz me comoveu, transmitiu a dor do amor proibido, do abandono e da morte.....
E que difícil a dor do abandono não? madame Butterfly, a gueixa submissa e obediente, abandonou a si, seus sonhos, sua cultura e família e se pos a esperar seu homem americano, se pos a sonhar com o inatingível... Enquanto Madame Butterfly fincava em seu peito a adágua, acabando com sua dor e seu sofrimento, fiquei pensando nas mulheres de hoje, em nós que amamos, sofremos e nos desmanchamos em lágrimas pelos nossos homens.
Percebi que as histórias não mudam, que nós, mulheres ao longo da história das culturas, amamos intensamente os homens, nos entregamos de corpo e mente. O que nos diferencia das gueixas é a possibilidade da escolha, a independência, a possibilidade de viver por si, de sonhar o próprio sonho.
Dentro da minha liberdade, vou continuar a observar a lua, a enfrentar o trânsito e a amar intensamente, se as lágrimas teimarem a correr em meu rosto, que elas sejam fruto de um amor bem vivido.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fairytopia

Linda, loira, magra, aparentemente alta e namora o cara mais perfeito.
Sim, foi com essa descrição de mulher perfeita que eu cresci, na verdade, foi essa a descrição de boneca perfeita.

Barbie....o sonho de consumo de qualquer menina (ou da maior parte) .

Eu odiava outras bonecas...nenhuma era tão bonita, nem tinha as roupas mais fashions do que ela.
E ela namorava o Ken, aquele boneco bonito, loiro, forte e com o cabelo mais charmoso dentre os outros bonecos...

O meu padrão de beleza era ela. Até queria ser igual a minha mãe (todas queremos), mas isso é porque via ela todos os dias, pois no fundo sonhava em ser tão perfeita quanto uma Barbie.

E com essa maldita idéia eu cresci!
Cresci e fiquei neurótica, pois meu cabelo não era loiro, meu corpo não era nem de longe tão magro e eu nem arrumava uns caras tão gatos para ficar.

Daí eu fiquei mais velha e esqueci da Barbie.
Mas meu inconsciente não.

Ela sempre esteve lá, na base de todas as dietas, de todas as tinturas e até quando eu escolhia uma roupa.


O fato é que os padrões de beleza tomam conta da nossa vida desde crianças. Nós somos condicionadas a pensar que apenas um corpo perfeito é bonito, que só seremos aceitas na sociedade se formos.......perfeitas!!

Isso é horrível! A Barbie nunca teve espinhas, nunca teve TPM e nunca teve que fazer o impossível para chamar a atenção de nenhum cara.

Ela era linda apenas porque nós achavamos ela assim... Se eu preferisse a Susi (versão brasileira mal feita) meu padrão de beleza seria outro e talvez hoje eu não achasse as modelos magérrimas muito mais atraentes do que eu.

Eu espero criar minhas filhas (se é que um dia vou tê-las) em um mundo sem barbies e sem modelos tão magras.

Quem sabe assim tenhamos mulheres menos neuróticas num futuro distante...