quarta-feira, 21 de maio de 2008

Madame Butterfly


Último dia de trabalho, saudade, tristeza e ansiedade se misturaram naquela terça-feira; para encerrar esta fase, me permiti um contato mais próximo com a arte, e que arte! Fui assistir a Orquestra Sinfônica da USP na Sala São Paulo; mas como toda paulistana, pra chegar até o "Olimpo", com a ajuda dos colegas nas rádios, que cobrem o trânsito, enfrentei o tráfego, as buzinas e a pressa alheia.
Nada disso tirava de mim a vontade de terminar bem aquele dia, que parecia ser o primeiro de "um novo tempo"...ao descer do carro no estacionamento me deparei com a lua, digna de um beijo, de uma foto, de um olhar admirado....passei pelo segurança às pressas, entreguei meus ingressos e aguardei o toque que sinalizasse o término do primeiro ato, para que eu pudesse entrar e assistir o espetáculo. Especialmente montado em homenagem aos 100 anos da imigração japonesa, o concerto contou a história de um amor proibido, a história de uma gueixa - Cio-Cio-San, conhecida como Madame Buttefly, que se apaixona por um tenente da marinha americana em Nagasaki.
Belíssima a apresentação de todos os solistas, mas admirou-me especialmente Cláudia Riccitelli - interpréte de Madame Butterfly- uma voz doce que se misturava aos violinos, flautas, clarinetes e percussão. Sua voz me comoveu, transmitiu a dor do amor proibido, do abandono e da morte.....
E que difícil a dor do abandono não? madame Butterfly, a gueixa submissa e obediente, abandonou a si, seus sonhos, sua cultura e família e se pos a esperar seu homem americano, se pos a sonhar com o inatingível... Enquanto Madame Butterfly fincava em seu peito a adágua, acabando com sua dor e seu sofrimento, fiquei pensando nas mulheres de hoje, em nós que amamos, sofremos e nos desmanchamos em lágrimas pelos nossos homens.
Percebi que as histórias não mudam, que nós, mulheres ao longo da história das culturas, amamos intensamente os homens, nos entregamos de corpo e mente. O que nos diferencia das gueixas é a possibilidade da escolha, a independência, a possibilidade de viver por si, de sonhar o próprio sonho.
Dentro da minha liberdade, vou continuar a observar a lua, a enfrentar o trânsito e a amar intensamente, se as lágrimas teimarem a correr em meu rosto, que elas sejam fruto de um amor bem vivido.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fairytopia

Linda, loira, magra, aparentemente alta e namora o cara mais perfeito.
Sim, foi com essa descrição de mulher perfeita que eu cresci, na verdade, foi essa a descrição de boneca perfeita.

Barbie....o sonho de consumo de qualquer menina (ou da maior parte) .

Eu odiava outras bonecas...nenhuma era tão bonita, nem tinha as roupas mais fashions do que ela.
E ela namorava o Ken, aquele boneco bonito, loiro, forte e com o cabelo mais charmoso dentre os outros bonecos...

O meu padrão de beleza era ela. Até queria ser igual a minha mãe (todas queremos), mas isso é porque via ela todos os dias, pois no fundo sonhava em ser tão perfeita quanto uma Barbie.

E com essa maldita idéia eu cresci!
Cresci e fiquei neurótica, pois meu cabelo não era loiro, meu corpo não era nem de longe tão magro e eu nem arrumava uns caras tão gatos para ficar.

Daí eu fiquei mais velha e esqueci da Barbie.
Mas meu inconsciente não.

Ela sempre esteve lá, na base de todas as dietas, de todas as tinturas e até quando eu escolhia uma roupa.


O fato é que os padrões de beleza tomam conta da nossa vida desde crianças. Nós somos condicionadas a pensar que apenas um corpo perfeito é bonito, que só seremos aceitas na sociedade se formos.......perfeitas!!

Isso é horrível! A Barbie nunca teve espinhas, nunca teve TPM e nunca teve que fazer o impossível para chamar a atenção de nenhum cara.

Ela era linda apenas porque nós achavamos ela assim... Se eu preferisse a Susi (versão brasileira mal feita) meu padrão de beleza seria outro e talvez hoje eu não achasse as modelos magérrimas muito mais atraentes do que eu.

Eu espero criar minhas filhas (se é que um dia vou tê-las) em um mundo sem barbies e sem modelos tão magras.

Quem sabe assim tenhamos mulheres menos neuróticas num futuro distante...

sábado, 17 de maio de 2008

A mulher ideal.

A mulher ideal é como um carro. Mas não apenas isto. Quando se escolhe a garota com quem se "catracar", todo homem faz o mesmo processo que faz quando escolhe seu automóvel.

Normalmente, você não pode comprar o automóvel dos seus sonhos, automóveis costumam ser muito caros – mais um ponto em comum com as mulheres... -, por isso acabamos optando por uma alternativa palpável.

Para tal, temos alguns quesitos de avaliação.


- Verifique o Design.

Um design moderno sempre é interessante. Verifique os faróis dianteiros. Sempre é bom ver o porta-malas, às vezes a aparência externa engana e o espaço é menor do que aparenta ser. Lembre-se, por mais interessante que possa parecer, evite o modelo Perua!


- Verifique o ano.

Com o passar do tempo, o item se desvaloriza no mercado, é inevitável.


- Observe o estado de conservação da lataria.

Se já passou pela funilaria e pintura, por mais que o serviço possa ter sido bom, aponta para um histórico de problemas com o equipamento. Desconfie!


- É boa de curvas?

Lembre-se, as maiores emoções estão nas curvas, mas nem todas as curvas têm emoções. Verifique o sentido, para que não aconteça nenhum problema com excesso de peso.


- É macia?

De duro, já basta você. Pergunte ao Ronaldinho.


- Possui air bag duplo frontal de bom volume?

Item de fábrica indispensável. Pessoalmente, é dos meus brinquedos prediletos.


- É econômica?

Gastar é inevitável. Gastar além da conta é burrice. Sempre há um bom modelo com um custo mais baixo.


- Faz pouco barulho?

Lembre-se, elas falam 5x mais do que você consegue ouvir. E você não quer que o Kassab apreenda o seu carro por violar o Psiu...


- Esquenta rápido?

Nada pior que estar na febre de “dar uma volta” e ter que ficar esquentando o motor...


- Faça o test drive com quantas opções puder.

Nada melhor que testar para ter a confiança de ter feito a escolha certa.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O monstro de olhos verdes


Todos nós já sentimos, pelo menos alguma vez na vida, uma pontinha de ciúmes de alguém, isso é inevitável. Ciúmes do namorado, da amiga, do irmão(a). Todos sentimos ciúmes de alguém, por mais que não demonstremos ou não aceitemos, ele está lá, enchendo nossa cabeça.
Para alguns o ciúme é um sentimento de zelo, um sinal de amor, até mesmo um “tempero” para a relação; para outros é prova de baixa auto-estima, insegurança, é o veneno dos relacionamentos. Para Sócrates o ciúme se define como “a dor da alma”, e William Shakespeare o chamou de “monstro de olhos verdes” em sua obra “Otelo – O Mouro de Veneza”.
Existem tipos diferentes de ciúmes, o ciúme normal, que se baseia em fatos reais, e o patológico, quando já se torna doentio, a ponto de fazer a pessoa imaginar e criar situações, fuçar nas coisas do outro. Mas, como saber quando o ciúme se torna patológico? A partir do momento que o comportamento se torna obsessivo, por exemplo, se o seu namorado diz que vai pra um barzinho com os amigos e você já fica cheia de caraminhola na cabeça e liga pra ele a cada 5 minutos, só pra se certificar que ele está lá mesmo e, principalmente, escutar o barulho do ambiente tentando detectar alguma voz feminina. Ou então a simples menção de uma ex ser motivo para uma cena gigantesca onde a agressividade pode estar presente em palavras, ou até mesmo física.
Querendo ou não, todo ciumento vive em eterno sofrimento, haverá sempre algo o incomodando quando o parceiro estiver longe. Na minha opinião o ciúme é um sentimento que não há como evitar, por menor que seja, ele sempre vai estar nos acompanhando, seja por uma palavra dita para outro e não para você, seja por um presente maior pro outro, num cuidado a mais. Claro que alguns são mais ciumentos do que outros, mas, pra mim, todos nós, em muitos momentos, temos o desprazer de senti-lo. O importante é apenas saber lidar com ele.

“No banquete do amor, o ciúme é o saleiro, que ao querer verdadeiro empresta vivo sabor. Advirta-se, porém, ser erro temperar em demasia. O ciúme, por ser só sal um retrato, se posto demais no prato, não tempera, antes maltrata.”

Tirso de Molina

terça-feira, 13 de maio de 2008

A melhor parte

Minha mãe me disse que quando ela fazia plantões médicos tudo que ela fazia parecia em vão. Ela era nova naquilo e parecia que por mais que ela cuidasse do paciente, ele não melhorava. Ela dava todo o sangue para salvar o paciente e depois o deixava no quarto em repouso, esperando algum retorno que não parecia vir. Ela pensava: "Dei o melhor de mim, agora eu deixo o resto para Deus." Então, no dia seguinte, quando ela ia ver o estado do paciente, ele estava completamente salvo. "A parte que deixo para Deus é sempre a mais bem feita." -Ela pensava.

No dia das mães minha mãe me disse que na criação de suas três filhas foi exatamente assim que aconteceu. Ela fez tudo o que pôde para nós, nos ensinou tudo que sabemos, e que agora estava na hora de deixar o resto para Deus, porque seu papel estava mais ou menos completo.

Bem, minha mãe me ensinou a enxergar os outros. Ela me carregou no colo quando eu fiquei com sono e não consegui caminhar. Brincou de boneca comigo e me deixava ficar com a boneca mais bonita. Me ensinou a comer bem. Me ensinou a lidar com os garotos. Me ensinou o meu valor. Penteava meus cabelos antes de eu ir dormir. Preparava mingau pra mim quando eu pedia. Ela leu para mim, me deu o seu leite, me ensinou a ler poesia, me ensinou a ser sincera e me ensinou a me portar na mesa. Acho então que a minha criação nada tem a ver com seus plantões médicos, é impossível que Deus faça um trabalho melhor.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O poder da maquiagem

Maquiagem faz milagres, e isso é indicutível.
Ela esconde espinhas, olheiras e até mancha de sol.

Mas ainda tenho uma opinião meio avessa a isso...

Na semana de não-aula na faculdade me aconteceu uma coisa interessante e que só confirmou essa minha opinião sobre a make-up.
Fui modelo fotográfica para uma revista. Tudo bem que não é nenhuma revista famosa, mas eu me senti uma top do mundo da moda...e, modéstia à parte, até bem fotogência.

A pauta era o seguinte: mostrar uma transformação de antes e depois, ou seja, mostrar uma mulher "normal" e como ela fica maravilhosa após um banho de maquiagem e com um cabelo bem arrumado.

Quem me conhece sabe que eu sou até sem-graça nesse quesito maquiagem. Não gosto de todos esses pózinhos e brilhinhos que as meninas normalmente gostam. Até me simpatizo, mas não tenho idéia de como se usa tudo isso.

Indo contra a opinião das outras Garotas TPM deste blog, posso dizer que acho maquiagem dispensável. Porém, após os comentários de alguns amigos, eu confirmei que produção agrada o gosto de todos. Confirmei também que em dias tristes ou de tpm, ficar produzida é uma boa solução.

Ainda assim, acredito que se eu usar maquiagem sempre não serei eu mesma, serei uma Bianca bem arrumada, que irá se desmontar ao fim do dia. Prefiro deixar isso para um dia especial, porque isso me fará sentir especial, e as pessoas a minha volta vão perceber isso.
Agradeço à produção, mas não conseguiria me ver dessa forma todos os dias (acho melhor vocês clicarem noe link para entender do que eu estou falando).


Me perdoem a inspiração do texto,
mas esse fim-de-semana materno só me fez ficar mais ensimesmada.
Os posts dos meus amigos ficaram muito bons, mas eu encerro meus comentários
sobre o dia das mães com uma frase que sempre achei muito inteligente,

"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria"

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vou ter que falar sério, mas não tão sério.

Sou obrigado, pela primeira vez – e espero que única -, a falar sério neste blog. Por um motivo óbvio, falarei para as mães, já que estamos à beira do dia das mães. ¬¬

Este vai ser mais um daqueles textos parabenizando a quem muito merece. Mas eu quero fugir um pouco dos clichês.

Você, minha senhora, dona mãe, é uma vencedora, uma felizarda. Primeiro, porque passou nove meses carregando um ser humano na barriga. Além da lordose, uma baita de uma musculação. Mas seu maior prêmio é não ter que ficar sangrando por alguns dias. Mas isso acarreta em algo drástico, uma espécie de TPM homeopatizada.

São nove meses de “doce”. Desejos, vontades e chantagens emocionais. Neuras, birras, enjôos, sentimentalismo bizarro e outros itens de série também inclusos. E tudo isso para agüentar um maldito de um ser humano na barriga.

Depois de todo esse sacrifício vem o pior de tudo; o troço nasce. É, isso mesmo! Ele sai da barriga e quando você pensa que está livre, vê que ficou ainda mais ferrada.

Se achou que já era muito, você ainda tem que amamentar aquele joelho com orelhas! Pô, e o macho do seu marido/esposo/namorado/caso/sacana-que-te-engravidou não faz nada? Exato, ele não faz nada, só assiste e fica babando! =P

É ai, minha cara, que você vira mãe. Carregar, parir é apenas parte de um mero ciclo biológico. Agora, mãe, essa que a gente tem que abraçar e dizer um belo “te amo muito” neste domingo que se avizinha, é a que dá amor, a que ensina, cria, molda o caráter.

Mãe é aquela que está do lado, cuidando daquele arranhão que você teve num tombo besta, briga quando você aprontou na escola, lhe abraça quando você está engolindo o choro para não demonstrar que está aos cacos de tristeza. Mãe é quem ama sem pedir licença, sem marcar hora ou lugar.

Toda mulher pode dar a luz, mas ser mãe é para poucas. Agüentar todas as nossas picuinhas, as birras, manhas, traquinagens e ainda dar um beijinho de boa noite enquanto nos cobre com o cobertor.

A gente costuma comprar um presente para uma mulher nesses segundos domingos de maio. Mas a gente se engana, nisso. Se for pra presentear quem é mãe na nossa vida, a gente acaba por ser egoísta.

Quem é que não tem uma avó, tia, prima, sogra, amiga, madrasta, vizinha, professora, ou sei lá o que for que não faz um tanto de coisas que poderíamos até chamá-la de mãe? Eu mesmo tenho no mínimo umas dez que se preocupam, me puxam a orelha e me querem bem. Devemos a essas mulheres, também, um especial carinho neste domingo.

E a você que é, será, foi, quase é, está perto, só um pouquinho ou nem sabe mais é mãe, obrigado por tudo que fez e faz, pelo seu saco em suportar esses malditos seres humanos, isso a torna incrível. Desejo a todas um feliz dia das mães!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Um super olhar ... e um pulso forte

Super mãe: o senso comum mais bem empregado!

Com licença mãe e leitores, mas peço que me deculpem pela ausência da semana passada, mas tive um pequeno probleminha com a internet em Guaratinguetá, e o nosso super homem, não estava lá para me salvar. Vejam, eu não deixo de chamar os homens pra executar estas funções assim super complexas: como mecher no fio da TV, pegar a mala pesada ainda que seja eu...adoro um colinho, ou ainda fazer um furo na parde, e claro abrir aquele vidro de palmito rsrs. Percebeu Paulo, o quanto estou longe da TPM...
Bom...falando "um pouco sério" ...
Na cidade do mais novo Santo brasileiro, popularmente conhecido como Frei Galvão, fiquei instalada no Colégio do Carmo, enquanto cobria as movimentações do 2° Congresso Missionário Nacional. Assim que eu cheguei no Colégio, que é também um convento pude perceber, aquilo que a semiótica vai chamar de suspensão da 1° realidade....o tempo ali, parece que pára, há momento para se ouvir os pássaros, ouvir o vento mover as portas, ouvir a si mesmo, a Deus, ou o além....
O que mais me inquietava era imaginar o cotidiano daquelas mulheres, no Colégio do Carmo, há oito irmãs que se dividem nos trabalhos da casa, da comunidade e do Colégio em si. É ali longe do corre corre da cidade, do barulho e da banalização da vida, que as irmãs enfrentam problemas e dificuldades que assolam a todos e em todas as realidades: a pobreza, o preconceito e a exclusão.
Assustou-me sim, a coragem com que aquelas mulheres, a grande maioria senhoras, abandoram suas vidas, em pról do outro; a rotina no convento é ditada pelo bem comum, para a comunidade, para o mais pobre e excluído, por meio de campanhas e cuidados específicos.
Estas irmãs, que tem o olhar doce e o pulso forte, são mães sem crias, mães sem marido e domingo, são mulheres que em suas celas, se entregaram às orações por um mundo melhor, por humanidade mais humana, assim como nossas mães, nossas super heroinas, que nos alimentam o corpo e a alma, nos aquecem, nos orientam e nos amam.
É quando estamos longe que sentimos como é bom todo este carinho, toda esta verdadeira devoção. Mãe....que seus dias sejam felizes, sempre!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Palavra de homem

Estávamos eu e o Asdrúbal conversando, e ele adora falar sobre coisas preferidas:
-Qual é a sua palavra preferida?
-"Obrigado", e a sua?
-A minha é "ambigüidade". Mas por que essa é sua palavra preferida se você nem mesmo pode usá-la?
-Como não? Eu sou muito educada e uso-a muito.
-Não e não! "Obrigado" só homem usa. Mulher tem que falar "obrigada", no feminino.
-Mas "obrigada" não soa tão bonito para mim! Que droga! Terei que escolher outra palavra para ser minha preferida!
-A não ser que você escreva contos, estórias, poemas... A não ser que você escreva. Então você pode sempre ter um personagem que diga "obrigado" mil vezes por dia.

E foi assim que eu peguei meu caderninho e comecei a escrever. Obrigada, mundo sexista.

domingo, 4 de maio de 2008

Quando o primo Chico chega você...

Em uma pesquisa mui sacana e má intencionada apurada e séria, conduzida por mim uma equipe do universo TPM treinada pelo Ibope, questionamos as mulheres sobre o que acontece quando são visitadas pelo primo Chico.

Para minha surpresa, devorar toneladas de bombons foi uma alternativa pouquíssimo assinalada, apenas 5% dos votos inválidos. Isso explica, por outro lado, a decadência da famigerada barra de chocolate Milkbar, que tinha umas vaquinhas holandesas na embalagem. Como seu projeto inicial era aproveitar-se das mulheres de Chico e a decadência do chocolate como subterfúgio, o produto encalhava nas prateleiras da mercearia da esquina da Rua Francisco da Lira com o nada, aqui em frente a minha casa.

Para mostrar sua insignificância estatística, outros 5% disseram ficar normais durante a visita familiar. Como essa normalidade é completamente questionável nos períodos naturais, essa alternativa pode ter sua relevância igualada a zero e só atesta a periculosidade da situação em sua pouca observância por parte de nossas queridas tpmisiticas amigas.

De forma interessante, 15% se sentem uma bola. Algumas são mesmo, então, nada de extraordinário. E sim, quando você se sente gorda, você está gorda, mesmo que seu peso seja de 32 kg.

Fica carente, mas com razão; foi a alternativa assinalada por mais 15% de nossas heroínas. Qual a razão eu não sei, mas elas ficam carentes e ainda acham que estão certas. Como eu sei que hoje até aceitam o TPM como álibi para crimes contra a integridade física de Paulo Rhedy, me absterei de comentar essa alternativa de forma jocosa.

“Fica sensível, porém a culpa é dele”. Ainda bem que é dele e não minha. Fica tranqüilo na convivência com todas as mulheres que estão nos 21% que votaram nesta alternativa.

Agora, a grande vencedora foi “Fica irritada, mas o que pode fazer se tem tanto imbecil ao seu redor?”. Engraçado, só por que o mundo ao seu redor não a compreende e você é uma injustiçada por passar por um momento tão conturbado - que ninguém mais passa e sabe como é, afinal você é a única mulher do mundo a passar por isso... - tanto que você se vê no direito de distribui marcas de suas lindas ferraduras no resto do mundo ou de quem resolver passar, por um acaso, a sua frente.

Agora, o mais sensacional foi saber que há pessoas que não sabem quem é o primo Chico. Bem, para vocês, só posso dizer uma coisa, esse blog é para maiores de doze (12) anos, capisce?