quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dia da roupa errada

Volta e meia eu descubro que sai de casa com a roupa errada. Ora a camiseta não combina com o sapato, ora coloco roupa de calor no dia frio ou vice versa. Na maioria das vezes, é a roupa que não combina com meu corpo. Me sinto um pedaço de carne vestido por alguém que desconhece gosto pessoal ou regras mínimas de estilo. O problema é que eu já cresci e me visto sozinha tem tempos. Então o que fazer quando a roupa mais simplória passeando num corpo alheio parece ser bem melhor que a minha?
O dia acaba, o humor acaba e qualquer um que me olhe terei certeza que está se perguntando “onde picas essa pessoa pensa que vai vestida assim?”.
Não há remédio. Não há ordenação perfeita do guarda-roupas que resolva. É o dia errado. A lua errada. A declaração do namorado dizendo “ah amor, você está linda todo dia” só vem a piorar. Se estou linda sempre, vou comprar uma coleção de peças repetidas para nunca mais correr o risco de errar. Ou vou parar de me preocupar. Como se fosse possível...
O fato é que não tem cristo que solucione essa angústia. Só indo para casa. Banho, pijama (esse sempre brega e sempre confortável) e TV. Se perto do namorado, melhor, porque daí ele convence o ego de que a beleza não está na roupa e que até de pijama terrível estou linda.
Ah, se não fosse o amor nesses tempos em que é necessário economizar o cartão de crédito...

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